• 01. O HPV afeta ambos os sexos?

    Sim. Estima-se que ao longo da vida, 75 a 80% dos homens e mulheres sejam expostos ao HPV. Na maioria dos casos, o HPV desaparece naturalmente. Mas, em algumas pessoas, doenças como cancro do colo do útero, da vagina, da vulva, do ânus e do pénis e condilomas ou verrugas genitais, podem desenvolver-se. Não há maneira de prever quem vai desenvolver doença.

  • 02. Estou em risco?

    O risco de infeção por HPV é mais elevado nos jovens entre os 18 e os 24 anos, mas mantém-se ao longo da vida. O HPV infeta homens e mulheres que tenham atividade sexual. São conhecidos alguns fatores de risco para a infeção por HPV tais como o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros sexuais, outras infeções sexualmente transmissíveis, multiparidade, tabagismo etc.

  • 03. Que doenças provoca o Papilomavírus Humano (HPV)?

    Existem várias doenças oncológicas e não oncológicas que estão associadas a este vírus:

    – 100% dos cancros do colo do útero
    –  84% dos cancros do ânus
    –  70% dos cancro da vagina
    –  47% dos cancros do pénis
    –  40% dos cancros da vulva
    –  99% dos condilomas ou verrugas genitais

    O HPV é hoje considerado o 2º carcinogéneo mais importante, logo a seguir ao tabaco. Está associado a 5% dos cancros, no geral e a 10% dos cancros da mulher.

  • 04. A vacinação é apenas para o sexo feminino?

    Não. A vacinação também é possível para  o sexo masculino a partir dos 9 anos, mediante recomendação e prescrição médica.

  • 05. A mesma vacina é administrada a rapazes e raparigas?

    A mesma vacina tem indicação no género feminino e masculino. A posologia é adaptada conforme a idade. Fale com o seu médico.

  • 06. Qual a segurança da vacinação?

    A segurança da vacinação contra o HPV foi avaliada ao longo do desenvolvimento das vacinas e é continuamente monitorizada na utilização pós-comercialização. Os efeitos adversos mais comuns são reações no local de injeção (braço), dores de cabeça bem como mialgias e fadiga. Estas reações são semelhantes às reações associadas a outras vacinas, nomeadamente as incluídas no PNV. Até março de 2017 já foram distribuídas mais de 250 milhões de doses no total das duas vacinas, quadrivalente e nonavalente.

  • 07. O que é que as organizações médicas dizem a respeito da vacinação contra o HPV?

    As entidades nacionais e internacionais incluem a recomendação da vacinação dos adolescentes no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV) e, a título individual, das mulheres mais velhas, por indicação do médico. Quinze países a nível mundial têm programas de vacinação contra o HPV para raparigas e rapazes. Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Pediatria recomenda a vacinação de rapazes contra o HPV, a título individual.

  • 08. Pode-se contrair a doença através da vacinação?

    Não. Não é possível ficar infetado com o HPV através da vacinação. A vacina é constituída por partículas com uma forma semelhante ao vírus que vão estimular o sistema imunitário a produzir anticorpos contra os tipos vacinais de HPV. Dado a vacina não conter vírus nunca poderá causar infeção ou doença.

  • 09. Porque é importante prevenir as verrugas genitais?

    As verrugas genitais são altamente contagiosas. Têm uma incidência crescente em homens e mulheres sexualmente ativos, particularmente nos mais novos, mas mantêm uma prevalência significativa até aos 50 anos de idade. São lesões benignas mas muito estigmatizantes. São difíceis de tratar, porque reaparecem em cerca de 30% dos casos.

  • 10. Porque devo proteger os meus filhos se ainda não iniciaram a vida sexual?

    Pode ser difícil pensar que o seu filho ou filha podem vir a ter contacto com o HPV, pois ainda não têm atividade sexual. Mas, tal como outras vacinas que o seu filho já recebeu, é importante administrar a vacina antes do possível contacto com o vírus.

  • 11. A minha filha, mesmo sendo vacinada, vai necessitar de fazer o rastreio no futuro?

    A administração da vacina é o meio mais eficaz na prevenção da transmissão do vírus. A vacina nonavalente atualmente disponível confere proteção específica contra os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 do HPV, que em Portugal são responsáveis por 97% dos casos de cancro do colo do útero. A vacina nonavalente protege também contra os tipos 6 e 11 do HPV, responsáveis por 90% dos casos de condilomas genitais. Como não protegem contra 100% dos casos de cancro do colo do útero, as mulheres vacinadas com idade igual ou superior a 25 anos e igual ou inferior a 60 anos devem continuar a fazer o rastreio, através de teste do HPV, em citologia ginecológica em meio líquido.